21 julho, 2010

O Principe das marés - Pat Conroy

Terminei de ler a ultima pagina com um sorriso no rosto e uma certa dor no coração; envolvida com as desventuras da família Wingo,ate o ultimo fio de meu cabelo.

Uma historia que tem como pauta as reações e feridas psicológicas de seus personagens e como cada um encara ,ou encarou, suas tristezas e desgostos.

A família da Carolina do Sul,que ,entre lutar contra os problemas financeiros,tem que aprender a conviver com seus próprios demonios e os de seu próximo.

Pat Conroy se mostra um verdadeiro encantador de leitores,e um exímio dominador de palavras.De acordo com cada lembranças,fato,contado durante a historia,a forma de escrita,sempre envolvente,demonstra mudança e se adequa ao estado de espírito dos personagens.

É,de fato,impossível não se permitir sentir o que cada Wingo,da Carolina do Sul,sente,e não se ver no papel de Savannah,a poetisa suicida;Tom,o treinador sarcástico ; Luke,o valentão amoroso;Amos,o religioso fanático;Lila,a orgulhosa sonhadora;...etc.

Não nos são poupados fatos e com uma escrita direta,somos direcionados a sensações e reflexões instantâneas.

Com riqueza de detalhes,o autor nos envolve na atmosfera de felicidade que ,em alguns anos,existiu na humilde casa dos Wingo;e sem enrolação e com a mesma violência e forma direta do fato,nos força a enxergar até o ultimo detalhe sórdido,dos piores dias da família cheia de defeitos,porem ,completamente indefesa.


Alguns livros fazem rir;outros fazem chorar;e há os que fazem pensar.O principe das mares consegue um efeito raro:provoca as três reações no leitor.Brilhante.” –Detroit Free Press

14 julho, 2010

' Just breathe '





A chuva.
Gotas baderneiras ensopando os caminhos de toda uma tripulação de entediados que fingem novidade perante os mesmo infortúnios rotineiros.
Assobios.
O vento.
As janelas orquestram os sons de madeira e vidro se sacudindo a cada nova rajada úmida uivante do tempo.
Nós costumávamos ver os raios serelepes de sol,escapando do controle paternal das nuvens,e cintilando em tudo o mais em que nossos olhos pudessem se deleitar;
Hoje ,os mesmo se encontram trancados,sobre a guarda do mais carrasco dos tutores.
Hoje, apenas focalizamos o cinza entristecedor.
É como se todo o ‘ ao redor’ se proibisse de existir.
A cadeira ao lado é ocupado com a ausência tua que de meu peito transborda.
Eu vejo o céu se derretendo em correntezas que lavam as calçados dos preguiçosos.
Talvez eu devesse fechar os olhos.
Escuro.
Silencio.
Guardo em um canto proibido de visitações,o medo de que tua ausência se prolongue.
Um canto,que ao te ter ao meu lado,absorve o maximo possível de informações tuas,para que assim,em dias como este,minha mente possa recorrer as estas dolorosas lembranças,e amenizem tua falta.
A saudade.
Aguardo ansiosamente o momento em que em um singelo abraço teu ,possa me entregar ao alivio e a reconfortante tarefa de assassinar a dita cuja [saudade] insaciável que tanto me tortura em dias como estes.
Em dias em que recorro ao som da tua voz que mantenho gravado em mim.
Em dias que olho pela janela aguardando iludidamente que meus pobres olhos possam ter a surpresa de te ver contornando a esquina e vindo em minha direção.
Libertando o sol.
Libertando a vida
Libertando meu amor,e meus sorriso esquecidos.

.


E se ainda assim não ficou claro o suficiente: EU TE AMO

11 julho, 2010

" Baby,please don't you leave me"

Você pode fechar seus olhos agora,e descansar.
Não tem nada mais o que ser feito.
Continuarei aqui,atenta a cada minúsculo e imperceptível movimento do teu corpo inconsciente,entregue ao sono.
Você pode se levantar,e atravessar a porta,dizendo que volta,que leva fragmentos memorizados das minhas qualidades,que mesmo assim meus braços continuaram estendidos,lhe oferecendo algo maior,algo que sempre teve importância nos romances,sejam eles atuais ou não.
Continuo em pé,no meio do quarto,lhe oferecendo meu coração.
A única coisa que de precioso tenho.
Lhe oferecendo o local onde guardo tudo seu que me recordo.
O lugar que invadistes quando sussurrou o primeiro ‘ eu te amo’.
Você pode sorrir,me garantir ,mas mesmo assim meus fantasmas continuarão a me perseguir.
Você pode beijar meus olhos,aquecer meu corpo...mesmo assim minha mente continuara em alerta,pronta a se sacrificar .
Porque posso suportar a qualquer tipo de tortura,menos a de viver em um mundo onde teu sorriso não exista.
Onde eu não ouça suas voz concentrada ao me contar a respeito do seu dia.
Onde eu não possa envolver teu corpo em meus braços e não possa ouvir tua respiração enquanto dormes ao meu lado.
Porque já não sei mais viver sem te ter.

Porque eu te amo,e não tem nada que possa alterar esse fato.


[ Fto: Rachel Mcadams and Ryan Goslings ]

08 julho, 2010

Não recordo bem quem,mas um determinado alguém disse certa vez que o mundo é dividido entre as pessoas que são felizes e se aceitam desta dada forma,e as que estão tão acostumadas com a não felicidade que quando se deparam com o oposto da mesma ,não conseguem se adaptar a todos os sorrisos e as sensação absurdamente fortes e novas de contentamento.
Essas pessoas deslocadas em suas próprias sensações,criam,inconscientemente,motivos para amenizarem a sensação extasiante de felicidade,sabotando seus próprios sentimentos e destruindo seus próprios caminhos de recompensa.
Na cabeça delas,essa diminuição é correta pois as faz se cercarem de uma não felicidade familiar que aos poucos vai as conduzindo para seus próprio território.
O tombo é menor se você já esta no chão.
A dor da decepção é irreconhecível quando você já a sente a tanto tempo.
Essas pessoas se martirizam,pois tem na verdade MEDO de se sentirem felizes e se entregarem a todas as cenas de respiração leve e passos confiantes,e acabarem sendo magoadas,decepcionadas,acabarem sendo enviadas de volta para o buraco escuro da onde vieram.
Essas pessoas evitam a infelicidade,se tornando infelizes .
ESSAS PESSOAS sou EU,VOCÊ e todo o resto do mundo.

A felicidade assusta porque fomos criados em um mundo onde chorar,sentir dor é o comum,todo o resto que te cause bem é estranho,é novo.
O que é novo é assustador e inseguro,é desconhecido.
O medo do desconhecido nos torna cegos e nos faz tropeçar e tomar as decisões erradas.


Um dia EU aprendo,VOCÊ aprende e quem sabe até,TODO O MUNDA APRENDA,mas.. e se for tarde demais quando nos dermos conta de toda essa patifaria?!