12 maio, 2010

Do fundo do baú.

Eu colecionava pedras,pois ter o palpável sempre a mão ajudava na criação do cenário do supostamente ‘seguro’.
Costumava fechar os olhos quando ventava,e abria as pequenas e rechonchudas mãos quando sentava nos ombros cansados do meu pai.
Achava que podia evitar dores;achava que podia alcançar o céu.
Achava que esfolar o joelho enquanto brincava de amarelinha,era o máximo de dor a que um ser era submetido.
O PASSADO É INSIGNIFICANTE,mas nem por isso deixa de ser pesado.Deixa de existir.
Mudar o rumo que teus pés tomaram,não é em nada fácil.
Como tudo mais em uma vida,os obstáculos estão sempre brotando.
Não pra te fazer desistir e ficar com as mãos suspensas ao lado do corpo,vazias,mas pra que proves de que,ao final,quando te entregarem o troféu,não sobraram sombras duvidosas de que tu foi merecedor.

3 comentários:

Raquel Diniz disse...

Relembrar coisas do passado as vezes eh dificil, ate quando pensamos jah saber o que aconteceu e dizer para nos mesmos que superamos, dependendo da situaçao..
Eh a inocencia perdida, com a liberdade comprada, se eh que vc me entende, mais ou menos assim. :}

:*

Valéria lima disse...

Olhar para trás e dizer que tudo valeu a pena e poder para e sonhar e ir adiante e realizar os sonhos.

BeijooO'

Rebeca Postigo disse...

Wow!!!
Lindíssimo!!!
Me fez reviver certos momentos...
Obrigada!!!

Bjs