25 fevereiro, 2010

'O nome do exercicio é:Complete as lacunas.'


Tem uma parte minha,trancafiada junto com todos os fantasmas com os quais cansei de me deparar.
Muito do que me comporia,se encontra entrelaçado com essa parte que renego,e muito se perdeu durante o processo de isolação da mesma.
Criei regras,que davam a total ilusão de poder,pois acreditar que eu tinha o controle sempre me foi de melhor deglutição do que confessar que minhas mãos não tinham força o suficiente pra manejar os freios.
A verdade clara e desbotada é que preciso de ti,.pois dentro da minha fachada de independência e liberdade existe nada mais ,nada menos,do que um minúsculo amontoado de dependência e medo.
Uma caixa com insegurança e total desespero.
Partes minhas se perderam e agora,de mãos vazias,tento criar desculpas ,dizer que o tempo me foi ausente para concertos,mas a verdade,esfarelada e encardida é que ignorei rachaduras na tentativa de conseguir ser apenas o que me era cobrado e jamais do que me era desejado.
Tem uma alma,que a muito tem sido diminuída ,espremida e que,agora,com os pés na beira de um quase sumiço total,chora.
Clama por chances,deixando orgulho e teimosia da porta pra fora,e pedindo ajuda.
Abrindo os olhos,talvez pela primeira vez,e esperando enxergar caminhos de resoluções.

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P.s: Como tudo mais que passa por aqui~:Não é baseado no que esta sendo vivido AGORA.

21 fevereiro, 2010

‘Quando fraquejar já não serve-te pra mais nada’

Emoldura-se aquilo que se tem prazer em exibir.
Esparadrapar aquilo que se estilhaçou e continuar a exibição como se tudo fizesse parte da arte,pode ser encarado como apelação ou ,a superação de um imprevisto e continuidade de um rumo.
Se ater ao plano,por mais simples que inicialmente possa parecer,requer muito mais força de vontade e preparo físico do que se imagina.
Os atalhos,trapaceiros como são,estudam tuas fraquezas e quando todo esse terrorismo barato não surte efeito,apelam pros imãs que traz colados aos teus pés e te sugam,sem dó,pra fora do teu rumo.
Existe todo um leque de possíveis reações,mas a que sempre vai se repetir,independente de quão forte seja ou não tua vontade,é a de se agarrar e gritar.
Uns apelam pelas vielas do socorro,outros,apelam pra raiva e pra recusa de simplesmente desistir.
E aqui estou eu,agarrada com tamanha força,que não sinto o vento ou qualquer outro distrativo,só tenho consciência pros braços doloridos que se cercam e não largam.

O tempo passa,e mesmo que tu não tenhas a maturidade que deveria,se dá conta de que ,nada,NUNCA,vai vir flutuando facilmente ate tuas mãos e te transportar facilmente pra realidade fantasiosa que tens em tua mente.
Tudo requer suor,e desgastes.Lagrimas e bifurcações que te forçam a repensar se queres continuar na batalha ou voltar ao ponto inicial.
Aquele ponto zero em que você se apresenta vergonhosamente como sendo NADA e totalmente VAZIO.

Eu escolho continuar,mesmo quando desistir parece tão mais correto.

17 fevereiro, 2010

...Nada mais de caronas...

Eu não acredito mais em mim;e qualquer ato ou dito que tenha como ponto de origem meu ser,já não é encarado com a importância que se espera que deva ser .
Já não distribuo o devido reconhecimento aos meus acertos e não presto a devida atenção aos meus erros.
Perdi a fé,e me entreguei sem relutar ao medo e as atas que o acompanham.
Ensaio discursos que jamais passaram pelos meus lábios,e vivencio cenas que existem apenas em minha mente,como passatempo.
Criar mentiras já não causa abalos nesta estrutura que já bambeia a tempos,pois tudo passou a ser uma questão de não mais se manter a vista mas apenas ter uma chance de sempre escapar.
Como posso então ajudar qualquer um que clame,se nem ao menos dou conta de ajudar a mim mesma?!
Me agarrarei a primeira chance ,sem exitar,e que o restante me siga,pois já não tenho energias pra carrega-los em minhas costas.

11 fevereiro, 2010

Stay


Não me dê as costas. Por mais que eu implore,simplesmente não se vire e saia por ai.
Mesmo que meus olhos supliquem,ou subliminarmente te enviem sinais,me enfrente e fique.
Destrua meu tão complexo e impenetrável sistema de afastamento sentimental,ficando e me invadindo,com esse teu sorriso de quem parece ver facilidade em tudo o que se propõe a fazer.
Me desafie.
Me afronte com uma voz inflexível e com movimentos ferozmente rápidos que me deixem sem reação,sem tempo para resposta..sem tempo pra me entregar ao medo e decidir que não te quero por perto.
Me assole ,me estilhace...e depois que toda a bagunça estiver feita,continue aqui,com seu tão insuportável sorriso de vencedor,e com a mão esticada,ajudando a me remontar.
Fique,por que é e não é o que se espera que seja feito.
Fique porque tem que ficar.
Fique porque em meu intimo quero que fiques .
Fique,porque eu sempre colecionei ‘adeus’ e ,de ti,apensa quero ‘olá’.
Fique e ponto final.

10 fevereiro, 2010

Bloqueio criativo temporario.

Como se em estado do greve estivessem,as palavras se unem em uma emperrada tentativa de não se mostrarem coerentes á olhos curiosos,se negando a expulsarem determinados pesos que apenas se diluem e desaparecem quando devidamente descritos,espalhados e intitulados.
Tento,com pulso de mãe,disciplina-las e faze-las entender que são necessárias,e que sem sua TOTAL colaboração,continuarei vagando no escuro labirinto da inexpressividade.
Mas palavras são como crianças teimosas,mimadas.
São geniosas e me fogem quando mais desesperadamente delas preciso.

08 fevereiro, 2010


Desde que partistes atrás de tuas aventuras,creio que nada que de fato seja intrigante,tenha acontecido.
As pessoas continuam a cultivar suas dores,a relembrar besteiras passadas,e a se afundarem em noites de risos e sons extremamente altos.
Todos parecem ter se esquecido que um dia,a união foi de suma importância,e que talvez,apenas ela,seja capaz de concertar todas as falhas que ambos,em nosso egoísmo infinito,temos cometidos a nós mesmos e a alheios.
Já não sei ao certo se consigo me lembrar do sabor anestesiante das cores .
Tudo se dissolveu em cinza,e aquele arco-iris de sabores se desfez assim que a primeira chuva atingiu meu corpo;Assim que o trem que te continha sumiu das minhas vistas e se perdeu pelas curvas do teu destino saltitante.
Me preguei a janela,observando cada gota de garoa se tornar mais confiante a ponto de se tornar tempestade;cada brisa leve e refrescante,se enfurecer e se tornar ventania,arrastando qualquer um ou qualquer coisa que se coloque a frente.
Passo, suspiro por suspiro,segundo por segundo,com os olhos pregados no horizonte.
Esperando.
Vendo dias e noites escorrerem pelos ralos,sabendo que a cada termino,fico um passo mais próxima do seu retorno.
Sabendo que fica mais próxima a tão angustiante e aguardada hora em que cruzarás nosso portão e devolverá a paleta de cores pra paisagem que existe alem da minha janela;alem da minha alma desbotada que te aguarda,saudosa.

06 fevereiro, 2010

Aquelas mãos magras e sem um pingo de sentimento,te picotaram;picotaram seus sentimentos e o pingo de consideração que lhe eram devidos,enquanto as minhas mãos frias e sempre atrasadas,escreviam cartas pra um você existente apenas em sonhos,em anseios para o futuro.
Por favor,não nasci pra tomar o que é de alheios,e nem pra me julgar melhor desenrroladora de enredos do que outros tantos,apenas ,me sinto ,agora...um tanto quanto frustrada.
Por algumas terem o que tantas outras passam quase uma vida esperando.
Por essas mesmas desperdiçarem chances,enquanto outras nem se quer as terem.
Por eu ,de repente,me encontrar na linha da duvida,sem saber responder se de fato me deixei fisgar pelo ‘te quero’.
Por ser consciente de que talvez eu só te deseje,por saber que nunca vou poder te ter.
Por saber que você é meu impossível e que assim como todo um mundo,repleto de pessoas fracas e vazias,eu também me deixo enlouquecer pelo inalcançável,ignorando friamente o palpável.

03 fevereiro, 2010


Gosto da forma madura,com que lidamos com nossas necessidades.Sempre gostei dessa facilidade de dizer a verdade que sempre existiu entre nós.
Isso,na maior parte das vezes,faz com que eu me sinta em um nível mais alto do que essas pessoas comuns que conhecemos e simplesmente não se aceitam,não sabem lidar com algumas reviravoltas .
Gosto de como resolvemos,sem baixas,sem desgastes desnecessários,nossa incapacidade de permanência como um par.
E talvez seja por isso que sua carta,em nada me aborrece.
Ela me preenche,por saber que aquilo que nos uniu uma vez,ainda continua movendo nossas almas,e nos levando em frente em nosso caminhos.
Mesmo sendo opostos,distantes,nossos caminhos me reluzem similaridade.
Somos almas desesperadas por procurar;e procuramos,enquanto estivemos com nossas mão dadas,e agora,que deixamos que nossas mãos vaguem solitárias ou perdidas em outras mãos estranhas.
Somos seres felizes,que nos damos por satisfeitos ,quando nos deparamos perdidos em sorriso,lábios,companhias,historias,e vidas alheias.
E fomos felizes,sendo os alheios um do outro.
E seremos eternamente felizes,sendo a partir de agora,amigos ,confidentes,irmãos de alma,um do outro.