Terminei de ler a ultima pagina com um sorriso no rosto e uma certa dor no coração; envolvida com as desventuras da família Wingo,ate o ultimo fio de meu cabelo.
Uma historia que tem como pauta as reações e feridas psicológicas de seus personagens e como cada um encara ,ou encarou, suas tristezas e desgostos.
A família da Carolina do Sul,que ,entre lutar contra os problemas financeiros,tem que aprender a conviver com seus próprios demonios e os de seu próximo.
Pat Conroy se mostra um verdadeiro encantador de leitores,e um exímio dominador de palavras.De acordo com cada lembranças,fato,contado durante a historia,a forma de escrita,sempre envolvente,demonstra mudança e se adequa ao estado de espírito dos personagens.
É,de fato,impossível não se permitir sentir o que cada Wingo,da Carolina do Sul,sente,e não se ver no papel de Savannah,a poetisa suicida;Tom,o treinador sarcástico ; Luke,o valentão amoroso;Amos,o religioso fanático;Lila,a orgulhosa sonhadora;...etc.
Não nos são poupados fatos e com uma escrita direta,somos direcionados a sensações e reflexões instantâneas.
Com riqueza de detalhes,o autor nos envolve na atmosfera de felicidade que ,em alguns anos,existiu na humilde casa dos Wingo;e sem enrolação e com a mesma violência e forma direta do fato,nos força a enxergar até o ultimo detalhe sórdido,dos piores dias da família cheia de defeitos,porem ,completamente indefesa.
“Alguns livros fazem rir;outros fazem chorar;e há os que fazem pensar.O principe das mares consegue um efeito raro:provoca as três reações no leitor.Brilhante.” –Detroit Free Press