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Não saberia reunir as letras e formular as linhas,te entregar as folhas.Preencher com densos conteúdos cada um dos empoeirados espaços.
Ultrapassando gordura,músculos e células,feixes reluzentes atingiram uma alma desmotivada,que se encolhia em um canto limboso desse corpo que se arrasta ao decorrer dos dias calendarescos.
Talvez os motivos continuem sendo feitos de plástico.Fáceis de serem descartados,de serem quebrados.Motivos baratos,criados apenas para preencher tua rotina e te proporcionar a ilusão de utilidade,mas que ao mesmo tempo,quando não lhes forem mais úteis,em um piscar de olhos sofreram o golpe de um desapego sem tamanho,e se encontraram em papeis rascunhados,a caminho de aterros bacterisados.
Os resultados esquecidos,de contas passadas,sinalizam a quantidade de tempo jogado fora,e de palavras saídas boca a fora.
Nada era mentira,porem..nada virou verdade.
Talvez esse verbo seja inventado,ou talvez apenas não o tenha encontrado.
Mudar sempre foi a saída,mas a persistente mania de encontrar empecilhos em cada escolha sempre me impediu de alcançar os resultados planejados,esperados.
A consciência do NADA, esmaga.
Esmaga há tantos,que a alma já não se lembra mais do que era ser livre,do que era ter espaço.
Esmaga tanto,que eu perco o fio da meada,e sempre termino antes de dizer o que trago guardado,muito bem decorado nesta mente desnorteada,de lâmpadas apagadas.