Realmente o verão havia chego. Ali na sala de espera,sentada,desfrutando de um revigorante ar condicionado,ela olhava e avaliava as feições das pessoas que atravessavam a porta de entrada.
Pessoas esperançosas,tristes,.preocupadas,decepcionadas. Pessoas. De todas as formas,todas deixariam,.mesmo que por alguns segundos,suas vidas corridas ,e respirariam apenas para saber qual é o resultado que vem dentro daquele tão frio e misterioso envelope pardo que a mocinha da recepção entrega.
Tadeu,o manobrista do hospital,acena . Ela retribui com um sorriso. Ele então joga pelos ares uma das chaves para seu colega e entra á passos largos,na direção dela,com um sorriso que iluminaria ate as mais obscuras das noites.
Era um rapaz incrível,tinha um bom coração. E era uma sorte e tanta ter criado um vinculo tão profundo de amizade com ele.
- Débora,como vai ?? –disse lhe dando um beijo rosto.
Ela respondeu e retribuiu o beijo no rosto,iam começar a conversar quando Lucy,a enfermeira entrou na sala e a chamou.
-Tenho que ir Tadeu...- disse enquanto abria os braços para lhe dar um abraço de despedida.
Mas ele a segurou e cochichou em seus ouvidos.
- Preciso conversar com você. É serio.
E ela viu em seus olhos,que algo de muito importante estava acontecendo.
-Assim que eu sair daqui,conversamos esta bem?. Tome- entregando-lhe uma note de cinqüenta reais- entregue para o taxista,e diga-lhe que voltarei caminhando.
Ela cumprimentou Lucy com um abraço,e seguiu corredor a dentro.
E enquanto ela tentava se desprender da imagem dos olhos aflitos de Tadeu,e prestar atenção no que Lucy contava –algo a respeito de um convite para jantar- começou a se lembrar do primeiro dia em que esteve ali,em que tudo era novo.
Já tinha cerca de cinco anos,e a sala de medicamentos nunca havia mudado- ela pensava consigo,enquanto Lucy continuava a lhe contar detalhadamente as novidades.- o papel de parede alaranjado,as poltronas de couro preto,os quadrinhos com frases recortadas de revistas.
O supervisor passou pelo corredor,e só então Lucy se deu conta de que Débora não estava ali apenas para uma visita de amigas,que tem muito o que conta uma a outra,tinha vindo para continuar seu tratamento. Se levantou e voltou minutos depois com tudo.
Débora nem tinha se dado conta de que ela havia saído,e que agora esta com a agulha em mãos,só voltou a si quando sentiu o beliscar da agulha entrando em sua pele.
-Prontinho minha flor. –disse Lucy sorrindo.- E então,o que acha?
-Acho do que ?? –disse Débora se recuperando de seus pensamentos.
- Do convite do Tadeu ...Déb,você esta se sentindo bem?
- Ótima. Estou ótima. E sobre o convite,deveria aceitar,ele sempre gostou de você.
-Sério!!! Ele já te disse isso??
- Não,e nem é preciso....está nos olhos dele. Sempre esteve.- e de repente,sentiu um aperto em seu peito,uma vontade de chorar.
Lucy saiu ,como se o chão brilhante do corredor fosse o céu ,e ela brincasse de amarelinha com lindos e loiros anjinhos.
- Será que ele nunca se deu conta?-disse Débora,sozinha, em meio a suspiros e lagrimas.
[Continua ]
5 comentários:
Belo texto. Quero ver o resto.
Abraço.
O sonho de hoje voa no amanhã
Esta terra prende-me os pés
Um fruto maduro é repasto de pássaro
Um caminho feito de lés a lés
Taça de finos aromas
Uma súplica presa na brisa da tarde
Na morada dos teus maiores desejos
Há um coração que por ti arde
Bom domingo
Mágico beijo
quero ver a continuação. deu pra sentir a dor da Débora aqui :~
adoooro ;)
Nossa mais que dificuldade, vim hj de manha aqui, lir o texto e quiz comentar mas meu pc deu bug, então voltei.
Eu só quero dizer, que eu adorei a historia msm sendo um pouco triste e combinando comigo e espero que a parte 2 que vc já publicou mas eu ainda não lir que o Tadeu fique com ela, estou cansada de sempre, o 'ele' ficar com outra.
beijos;*
ps:vouleroproximocapitulo.
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