06 janeiro, 2009

O AMOR PODE DAR CERTO -Parte 4.

Eu estava nervosa. Mais nervosa ate do que se estivesse indo com ele como namorada.
Queria muito agradar a família dele,ate porque,ele quase nunca falava deles,e isso me deixava muito mais nervosa.
No meio do caminho ele pegou nas minhas mãos e as acariciou,sustentando um olhar invasor e dizendo:
-Fica calma,vai dar tudo certo.
Eu mal o conhecia,era fato,mas ninguém mais sabia me deixar a vontade,me fazer sentir confiante e sorridente.
Quando ele estava ao meu lado,mesmo em silencio,eu sentia um topor,um alívio.
Meu estomago formigava e minhas mãos suavam.
Será que eu gostava dele?
Loucura,com certeza.
Eu não me apaixonava desde o ensino fundamental. Desde que meu namorado saiu com todas as minhas amigas e eu resolvi que jamais me envolveria com mais alguém,que eu decidi que as pessoas não são dignas de confiança.
Não resistia,tinha que ficar horas e horas olhando para ele.
Era impossível,eu não podia gostar dele.

*
Chegamos e a casa era incrivelmente adorável,porem,os pais dele tinham um certo ar superioridade que já faziam as pernas tremerem.
Fui tratada super bem,porem,tive que ouvir conversas sobre o como eles desaprovavam a forma com que Eduardo levava a vida.
Não era do meu conhecimento ate então,que eles poderiam ser classificados como riquíssimos,e que Eduardo morava numa pocilga sem aquecedor porque não aceitava um só tostão deles.
Passei a admira-lo mais ainda. Não pelo dinheiro mas sim pelo fato de querer caminhar com as próprias pernas,entende.
Jantamos e fomos cumprir uma tradição da família.
Caminhar pelo obscuro bosque do fundo da casa.
E se vale uma confissão,sempre tive medo de escuro e não estava com a mínima vontade de caminhar no frio.
Dei varias desculpas,mas todas pareciam não resolver esse problemas.
Acho que estava escrito em minhas feições que eu estava preste a me jogar no chão e chorando,implorar para não ir,porque Eduardo pegou na minha mãe e sussurrou em meu ouvido:
-Vem,eu tenho um plano para despistá-los.
Não pude conter meu sorriso e aquela estranha sensação que se apoderará de meu corpo,enquanto Eduardo falava me meu ouvido.
Pronto,todo o medo se foi e deixou espaço para uma ansiedade incontrolável.
O que será que ele estava tramando?

CONTINUA

2 comentários:

Nathállia Motta disse...

ótima ideia!
vou seguir ela =)
beejos e aqui tá lindo

Bruna Bo disse...

Muito bom! Nossa Biah, eu nunca consigo postar assim no blog, sabe? Um texto com continuação e tal... Admiro muito isso.

Beijo mutante! ;*