Contagem regressiva.

Faltam poucos dias,e o frio no estomago,já é quase que incontrolável.
Desfrutar e usar como despedida os últimos segundos dentro do colégio,é pedir por longas conversas que pendem à nostalgia clássica.
Dentre estes dezessete anos de vida,estudei em três colégios (quatro,se contar a pré-escola);Logo,eu teria uma densa e pesada bagagem,cheia de historias e flashs de momentos memoráveis.
Meus anos escolares não podem ser classificados como catastróficos,porem,também não se enquadram no perfil GLORIOSOS.
Foi na escola que eu criei e aperfeiçoei essa minha cleptomania por momentos.Esse ato compulsivo de fotografar mentalmente passagens,reações...MOMENTOS alheios.Essas frações de segundo na vida dos outros,que passa despercebido aos olhos de muitos,mas que são marcantes aos meus.
A aprendizagem foi bem além dos polinômios e planos cartesianos.Aprendi,sem professor,mas na sala de aula,a crescer.A saber de ante mão o como as pessoas são,a como cair,levantar e ignorar os arranhões.
Imagine só,aprendi até a como me esconder do mundo.
Dias bons e dias ruins..
Muitas pessoas,colegas eu diria.Poucos amigos.
Não reclamo,e apesar das chamadas “seqüelas” que aparento carregar,acho que se fosse para refazer toda essa jornada,nada ou pouca coisa mudaria.
Não sou boa com despedidas,apesar de em quase todos os meus improvisados discursos de despedida,(aquelas que você cochicha enquanto troca o ultimo abraço),as pessoas se entregarem a um grande despencar de lagrimas.
Não nego,vou trazer muitas coisas comigo.Assim como pretendo esquecer de outras tantas,mas,não quero que custe a terminar.
Sempre lidei melhor com lembranças e com saudades nostálgicas do que com os próprios momentos ditos.