05 dezembro, 2008

Eliane.

A musica alta,uma multidão que não se mantinha parada,o escuro que não a deixava gravar feições,e o jogo de luzes que a impedia de juntar sua capacidade de equilibrar-se e sair de lá.
Tarde demais,se arrepender não a tiraria de lá tão cedo.
Alguém a empurrou,outro alguém derrubou algum tipo de bebida em seus pés.
As pessoas emanavam calor,e a molhavam com seus suores.
Olhou para frente,viu um DJ.
Tentou respirar fundo.
A fumaça de efeito misturada com a dos cigarros acesos a fez querer tossir,espirar,expulsar toda aquela bagunça de dentro dela.
De repente,se lembrou do por quê.
O medo e a confusão que antes a consumiam,sumiram.
As feições se tornaram serias,e o objetivo dela estava ali em algum lugar,e não poderia desistir agora.
Não se lembrava se tinha ido sozinha ou não,mas pouco importava agora.
O encontrou,tinha que tirá-lo de lá o quanto antes.
Abriu caminho em meio a multidão,o alcançou,puxou-o.
De inicio ele não a reconheceu,mas depois,os olhos perturbados se deixaram invadir por um certo medo,que denunciava que já tinha entendido o recado.
Saíram o mais rápido possível.
Alguém os cutucou,tentou os impedir.
Sem contar a adrenalina,ela inicio a briga que o lugar pedia,mas não ficou para terminá-la.
Tinha que o protegê-lo,custasse,o que custasse.
Ele tremia. Frio ou pavor?
Entraram no carro,ela corria o máximo que conseguia.
Pela primeira vez ele agradeceu os serviços dela,e se deu conta de que ser tão popular tinha seu lado negativo.
Ela guardou a arma,deixou as credenciais na gaveta,trancou o carro.
Precisava de uma bebida.
Foi mais uma noite,mais uma vez se arriscou por alguém que não significava nada para ela.
Fechou os olhos e se deparou com as lembranças das quais fugia
O ódio,a dor,a magoa.
Voltou para lá,se enfiou no meio da musica novamente,e esperou.
Esperou que novamente sua capacidade de encarar os problemas e sair ilesa a encontrasse.
Quanto tempo mais ela desafiaria a vida assim?
Quanto tempo mais ela desdenharia a tudo e buscaria na escuridão uma vingança que de nada mudaria os fatos do passado?
Ela não sabia.
Alguém a empurrou,derrubou bebida no seus pés.
Ela saiu,e resolveu voltar para casa.

3 comentários:

Tácila Rubbo disse...

*-* ain' amei o texto! ótimo, de verdade!
bjooos'

P.S: leu meu outro comentário? O que você acha?

Nathállia Motta disse...

OI LINDA
TÁ BOM JÁ TI ADD TBM ;)
beejos

Sofia N. disse...

Ela finalmente descobriu o caminho certo a seguir!

Bjsss