12 dezembro, 2008

Pé na estrada..de novo.


Talvez,ser exata sobre o horário que os ponteiros insistem em marcar não adiante muito,mas ,quando a distancia é real entre nosso corpos,eu me apego a pequenos detalhes que parecem tomar proporções inatingíveis.
4 horas da manhã.
Na rodoviária,luto contra o sono e as rajadas de vento frio que rasgam meu peito,me fazendo tremer da cabeça aos pés.
As malas aguardam para serem jogadas e empilhadas no ônibus.
Estou em pé, recorrendo a blusa branca e ao cachecol preto que uso,para me livrar do frio e da enorme vontade de estar debaixo da nossa manta listrada.
Fecho os olhos por um segundo e imagino horas mais adiantadas,onde sozinho,você irá se levantar,e perfumar toda a casa com seu perfume e o cheiro de café fresco ,e sair.
O motorista começa a recolher as passagens.
Guardo minhas malas,pego minha bolsa e meu travesseiro,subo e me aconchego nas largas poltronas.
Devido ao silencio das estradas,não precisei recorrer aos meus indispensáveis fones de ouvido.
Meus olhos,quase fechados,acompanham as listras do asfalto,pela fresta da cortina aberta.
Caio no sono,e não reluto mais contra a dor em meu peito de ter que ir.
Descobri que posso te encontrar em meus sonhos. Obvio que a realidade agrada muito mais,porem,por hora,os sonhos servem para que eu encontre em teus braços o calor que tanto necessito para seguir viagem.

2 comentários:

Tácila Rubbo disse...

Ah flor, que pena que você não é muito ligada ao Natal. :/
Mas msm assim agradeço o seu post *-*


Aaaaaaaaaaaaaaah! Que texto lindo!
Me mata ler estas coisas e lembrar do meu amor, e saber que não posso nem ao menos vê-lo mais.
Mas agente supera.
Você sempre arrasa com as palavras né girl? Suspreendente!

Beijosmil :*

Belarmino disse...

Já passei e muito por isso! Acredite, não é fácil!

Texto maravilhoso, parabéns!